quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Mais uma vez, amor.


                Um dia eu resolvi marcar na minha pele, no meu corpo, o Seu amor. Para nunca mais duvidar da Sua graça que me basta. Com um ponto final eu encerrei essa verdade em mim. Você me ama e ponto final. A Sua graça me basta e ponto final. Assim como a tinta envelhece na pele essa verdade envelheceu em mim.

                Com vírgulas eu tentei mudar algo em Você que é imutável. Corri atrás da perfeição, mas não corri de mãos dadas com Você. Procurei nas leis maneiras de me culpar, procurei nas minhas decepções máscaras que pudessem me esconder.

                Por quantas vezes o Teu sussurro de graça ignorei. Me pergunto ainda até hoje se eu realmente conheço o Seu amor. Angústia, culpa, desespero parecem muitas vezes ocupar um lugar muito maior do que a paz de ser amada. Ser amada por Você.

                Quero provar como criança que come bolo de chocolate pela primeira vez o Seu amor. Amor por mim do jeito que eu sou, esse jeito qualquer, meio quebrado, meio imperfeito. Com esse Seu amor assim, perfeitamente inteiro capaz de envolver todo o desequelíbrio do meu ser.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Lembrança


E mais uma vez me lembrar da verdade que eu nunca deveria ter me permitido esquecer. E mais uma vez me recordar das palavras que Você cotinua a me dizer. E mais uma vez voltar a escutar a canção que Seu coração nunca deixou de tocar.

                Me lembrar do Seu amor, que não existe de maneira alguma para me cobrar, mas que de maneira assombrosa consegue me transformar. Me recordar das palavras que me dão força para encarar minha rotina, seja ela simples ou complicada, sem Suas palavras parece não ter ar para respirar. Voltar uma vez mais a escutar aquela nossa velha canção em que Você conduz os acordes e eu simplesmente me coloco a dançar nas batidas do Seu pulsar.

                O caminho de regresso muitas vezes  pode nos levar muito mais longe. Voltar a ser quem você me planejou para ser, e acreditar como Você acredita no potencial que existe em mim. Potencial em mim mas não para mim, mas para o próximo, para amar, para através de mim lembrar a alguém também do seu amor, amor que nós permite verdadeiramente ser quem devemos ser.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Amar, amor.


Amar. Dos pés ao último fio de cabelo. Amar. Com palavras, com ações. Amar. Por sentimento, por escolhar. Amar, como Ele amou.

Não vejo hoje maior desafio do que esse. De que adianta faculdade, instrução, conhecimento sem amor? De que adianta saber eu me comunicar linguísticamente com qualquer pessoa nesse mundo se no silêncio do meu olhar não puder ser visto o amor?

Eu poderia me formar no tempo certo, eu poderia escolher um caminho qualquer, eu poderia testar todos os “se” que se apresentam hoje para mim, mas de nada valeria se eu não aprendesse a amar.

Me julgo longe ainda do meu objetivo. Tolo, bobo e utópico hoje o objetivo da minha vida é amar. Amor que não toma partidos, que não se baseia em situações, que não olha apenas para o que é externo. Amor que se posiciona em favor dos desfavorecidos, que colocar as prioridades na ordem correta, que tem o olhar que Ele teve.

Aprender a me amar, aprender a amar de verdade aqueles com os quais gosto de estar, e ainda mais aprender a amar aqueles que precisam ser amados, mesmo que isso seja contra os meus impulsos naturais.

Queria eu ser poetisa de verdade e conseguir na realidade amar com todos os meus sentidos. Amar com o olhar, o tocar, o cheirar, o degustar, o ouvir. Amar suavemente como brisa trazendo descanso, e amar tão forte quanto o rugido do mar trazendo força. Amar com as palavras mais bonitas e amar com os silêncios mais demorados. Ser movida pelo Amor, me mover através do amor.